GASTRONOMIA
O restaurante Paul
Bocuse perdeu sua terceira estrela.
Para não viver com o estresse de perder uma
estrela e ser excluído do guia Michelin, alguns cozinheiros fizeram no passado
a escolha de devolver suas estrelas e de não mais aparecer no famoso guia.
Mesmo que suas escolhas sejam
criticadas, o Guia Michelin sempre faz a tempestade e o bom tempo no mundo da
gastronomia. Para evitar viver em estresse permanente e conhecer a decepção de
ser rebaixado - como o restaurante Paul Bocuse, que aparecerá pela primeira vez
desde 1965 na categoria de 2 estrelas da edição 2020, alguns chefes já fizeram
a escolha de devolver suas estrelas.
O último a fazê-lo, em 2019, foi o
super mediático Cyril Lignac. "Não quero mais fazer parte desse sistema de
classificação, quero me libertar dele", declarou o chefe de cozinha no
comando do Quizième, 1 estrela, na época. "Assim que o Michelin o
distingue, você não se sente mais em casa: você cozinha para os inspetores",
dizia com arrependimento.
"Ter uma mente livre"
Em 2017, Sébastien Bras fez o mesmo
no seu restaurante de 3 estrelas, Le Suquet, em Laguiole. "Queremos ter
uma mente livre, continuar serenamente, sem tensão, para dar vida à nossa casa
com uma cozinha, um acolhimento, um serviço que é a expressão do nosso estado
de espírito, do nosso território", ele disse. "Serei capaz de me
sentir livre, sem me perguntar se minhas criações agradarão ou não aos
inspetores da Michelin." Vale ressaltar que, para sua surpresa, o
restaurante reapareceu no famoso guia vermelho em 2019, com 2 estrelas.
Antes dele, em 2008, Olivier
Roellinger havia fechado seu hotel de três estrelas localizado em Cancale.
"Quero recomeçar para um público mais amplo, para uma disponibilidade que
eu nunca teria, continuando com minhas três estrelas", explicou ele.
"Para mim, isso nunca pesou, não é o peso do estresse que me faz parar. Eu
me encontro na situação de um autor-compositor-intérprete que não consegue mais
interpretar."
Fonte: ici.fr
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